Força-tarefa em Icaraíma é a maior já mobilizada pela polícia na região
Nos trabalhos chama a atenção o aparato tecnológico utilizado e a garra dos profissionais, que não têm hora para encerrar a jornada
 
															A força-tarefa que atua na busca pelos quatro homens desaparecidos em Icaraíma durante uma cobrança de dívida é a maior já realizada na região, nos últimos anos. Dezenas de policiais se revezam nas ações, incluindo equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Força Nacional.
Nos trabalhos chama a atenção o aparato tecnológico utilizado e a garra dos profissionais, que não têm hora para encerrar a jornada. Em entrevista aos jornalistas no final da tarde deste domingo (14), o tenente Guilherme Schneider, da Polícia Militar Ambiental, ressaltou em pelo menos duas vezes a disposição para encontrar as vítimas.
“Se esses desaparecidos ainda estiverem na região, nós vamos encontrá-los. Não vamos parar”, declarou.
A localização da Fiat Toro
Schneider deu detalhes de como a equipe da Polícia Ambiental localizou o Fiat Toro dos cobradores, na última sexta-feira. A descoberta faz parte de um trabalho contínuo, mas que agora alça a um novo rumo, devido à quantidade de novas evidências encontradas.
“Foram muitas horas de caminhada pela mata, em área de difícil acesso, algo realmente difícil”, afirmou o tenente. Reforçando o espírito de equipe, ele destacou a experiência do cabo Cleverson, morador da região, cujo conhecimento da área foi fundamental para o sucesso da etapa. Schneider também citou o esforço de um policial que optou por trabalhar mesmo em dia de folga.
Carta anônima
De acordo com o tenente, a carta anônima enviada ao pai de uma das vítimas só chegou ao conhecimento da Polícia Ambiental depois da localização do veículo. “Nós estávamos a campo, fazendo buscas. Com base na nossa experiência, notamos a existência de um bunker e começamos a cavar, até chegar ao veículo”.
Cães farejadores
O Corpo de Bombeiros mantém uma equipe numerosa nas buscas. O tenente Marçal, da 2ª Companhia Independente de Bombeiros Militares, afirmou que os dois cães farejadores enviados de Curitiba não irão a campo nesta segunda-feira (15), em razão do grande esforço físico nos últimos dois dias.
Treinados para a localização de corpos, os animais enfrentam uma dificuldade adicional: com o passar do tempo, o odor de corpos em decomposição sofre alterações, o que pode comprometer a eficácia do faro.
O Bemdito