Quinze brasileiros são acusados de usar diplomas falsos em curso de medicina

Grupo tentou validar certificados de universidades paraguaias que negaram autenticidade dos documentos.

Quinze brasileiros são acusados de usar diplomas falsos em curso de medicina
Quinze brasileiros são acusados de usar diplomas falsos em curso de medicina (Foto: Reprodução)

A promotora Julia González Medina, do Ministério Público do Paraguai, apresentou denúncia contra 15 brasileiros acusados de apresentar diplomas universitários falsos para estudar na Universidade Politécnica e Artística do Paraguai (UPAP), em Ciudad del Este.

Segundo a investigação, os estudantes usaram certificados de conclusão supostamente emitidos por universidades particulares do Paraguai, mas os documentos não eram autênticos. O caso veio à tona depois que o setor de validação da própria UPAP desconfiou da origem dos papéis e enviou os arquivos para checagem.

As respostas das universidades foram que nenhuma delas reconheceu os certificados. A Universidade Privada María Serrana informou que os diplomas tinham assinaturas e selos falsos, além de não conter o holograma de segurança usado pela instituição. Já a Universidade María Auxiliadora (UMAX) confirmou que os documentos apresentados não existiam em seus registros e que até as legalizações do Ministério da Educação e Ciência pareciam falsificadas.

Outros três estudantes usaram certificados em nome da Universidade Internacional Três Fronteiras (UNINTER), que negou qualquer vínculo com os acusados. Um outro aluno teria apresentado documentos totalmente falsos da Universidade Sul-Americana.

Os 15 brasileiros, de acordo com o Ministério Público, agiram de forma individual, cada um tentando validar seus supostos diplomas na Faculdade de Ciências da Saúde da UPAP. A promotora apresentou como provas relatórios técnicos, cópias autenticadas dos documentos falsos e depoimentos de funcionários da universidade, além das confirmações oficiais das instituições envolvidas.

Apesar da gravidade, a promotora pediu que a Justiça não decrete a prisão preventiva, já que os acusados não possuem antecedentes criminais e permanecem no país. A recomendação é que fiquem proibidos de sair do Paraguai e compareçam periodicamente ao tribunal até o fim das investigações.

O caso repercutiu entre estudantes brasileiros que buscam formação no Paraguai, país que atrai milhares de universitários todos os anos pela facilidade de ingresso e mensalidades mais baixas. A investigação serve de alerta e o uso de documentos falsos pode virar caso de polícia e resultar em processo criminal.

Fonte: Portal da Cidade