Pix domina no Paraguai, avança na Argentina e é usado por estrangeiros no Brasil
Pagamento já é aceito em quase todas as lojas de Ciudad del Este e começa a crescer na Argentina.

Em Foz, paraguaios e argentinos também usam o sistema. O Pix, sistema de pagamento criado pelo Banco Central do Brasil, está ganhando cada vez mais espaço além das fronteiras brasileiras. Em Ciudad del Este, no Paraguai, a aceitação já é quase total: mais de 90% das lojas utilizam o sistema para receber pagamentos de turistas brasileiros.
Segundo relatos de viajantes, é raro encontrar estabelecimentos grandes na cidade que ainda não adotaram o Pix. Já na Argentina, especialmente em Buenos Aires, o avanço é mais tímido. Alguns restaurantes e comércios turísticos aceitam a modalidade, mas ainda há muitas exceções.
Mesmo com essa diferença entre os dois países vizinhos, o uso do Pix fora do Brasil já se tornou uma realidade. Com o apoio de fintechs brasileiras, as maquininhas de pagamento geram QR Codes em real, mesmo que o valor esteja sendo cobrado em guaranis ou pesos. O cliente escaneia, paga pelo aplicativo do banco no Brasil e a conversão é feita automaticamente, com IOF e câmbio embutidos no valor final.
O movimento, no entanto, também acontece no sentido inverso. Em Foz do Iguaçu, já é comum ver turistas paraguaios e argentinos pagando com Pix em lojas brasileiras, principalmente nos shoppings e centros comerciais próximos à fronteira. Com contas abertas em bancos digitais do Brasil, muitos estrangeiros utilizam o sistema para facilitar as compras e evitar carregar dinheiro em espécie.
Além disso, o Pix também vem sendo utilizado por brasileiros no exterior para abastecer contas multimoeda em aplicativos de câmbio digital. Basta fazer um Pix da conta nacional para uma plataforma internacional e converter o saldo, por exemplo, para euros ou dólares. Assim, é possível pagar despesas de viagem diretamente pelo celular, sem depender de cartões ou casas de câmbio.
O sistema já começa a se popularizar em outros destinos como Uruguai, Chile, Panamá, França, Portugal, Espanha e, mais recentemente, nos Estados Unidos, onde a tecnologia foi adotada por grandes redes do varejo, especialmente em locais com alta presença de turistas brasileiros.
Mesmo com críticas e investigações internacionais, especialistas acreditam que o avanço do Pix é irreversível. Rápido, seguro e prático, o sistema se consolida não só como principal meio de pagamento entre os brasileiros, mas também como uma solução cada vez mais presente em países que recebem — ou enviam — visitantes para o Brasil.
Fonte: Portal da Cidade