Amor proibido? Vice-prefeita é denunciada por pagar ‘amarração amorosa’ com verba pública
Vice-prefeita de Ribeira (SP) teria desviado R$ 41 mil para fazer ritual e conquistar colega de trabalho casado.

A vice-prefeita de Ribeira (SP), Juliana Maria Teixeira da Costa, virou alvo de uma denúncia do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) por um caso, no mínimo, inusitado: ela é acusada de desviar R$ 41,2 mil dos cofres públicos para realizar um ritual de amarração amorosa com uma mãe de santo.
O objetivo, segundo o MP, era conquistar o coordenador municipal de Saúde, Lauro Olegário da Silva Filho, e afastá-lo da esposa.
A denúncia inclui também Lauro e o empresário Willian Felipe da Silva, dono da empresa W.F. Da Silva Treinamentos Ltda., que teria sido usada para repassar o dinheiro do suposto ritual.
Amarração amorosa com verba pública?
De acordo com a investigação, a empresa W.F., contratada formalmente pela prefeitura para prestação de serviços, teria servido de “ponte” para o pagamento da amarração amorosa.
O caso, que mais parece roteiro de novela, acabou levando a Justiça a suspender os contratos da empresa com o município e proibir novos acordos até que tudo seja esclarecido.
A decisão, assinada pela Justiça de Apiaí no último dia 1º, foi baseada em suspeitas de fraude nos contratos da W.F. com a Prefeitura. A promotoria alega que a verba pública foi usada de forma indevida para fins pessoais.
O que diz a denúncia do MP-SP
O Ministério Público de São Paulo afirma que os envolvidos montaram um esquema para fraudar licitações e direcionar contratos públicos à empresa W.F. Da Silva Treinamentos, de propriedade de William Felipe da Silva. Segundo a promotoria, a vice-prefeita Juliana Maria Teixeira da Costa e o coordenador de Saúde, Lauro Olegário da Silva Filho, atuaram diretamente na renovação de contratos suspeitos, beneficiando a empresa.
Com a nomeação de Juliana também como secretária municipal de Saúde, as irregularidades teriam se intensificado. Lauro, por exemplo, passou a receber pagamentos através de dispensas de licitação — o que, para o MP, evidencia o acúmulo de manobras irregulares na gestão dos recursos públicos.
Amarração amorosa e fraude: “casamento espiritual” com verba da Saúde
A denúncia ainda aponta que Juliana e William teriam emitido uma nota fiscal falsa no valor de R$ 41,2 mil, supostamente referente a serviços médicos prestados em um período sem atividades da Estratégia de Saúde da Família. O documento foi pago em tempo recorde: apenas 12 minutos após sua emissão.
O valor, que saiu do Fundo Municipal de Saúde, foi então transferido para um terceiro sem qualquer vínculo com a área da saúde. De acordo com a investigação, esse repasse seria, na verdade, o pagamento por um ritual espiritual – uma “amarração amorosa” com a intenção de unir Juliana ao colega Lauro.
Defesa nega irregularidades
O advogado de Willian Felipe da Silva, Yuri Amaral Nazareth, afirmou que seu cliente tem colaborado com as investigações e que as relações com Juliana e Lauro são estritamente profissionais.
Segundo ele, a falta de documentos mencionada no processo seria resultado de dificuldades pontuais, e não de má-fé.
Até o momento, a Prefeitura de Ribeira não se manifestou oficialmente sobre o caso da “amarração amorosa” paga com verba pública. O espaço segue aberto para manifestação.
Por Canal Tema Livre
Informações NDMAIS