Eletricista terceirizado da Copel é denunciado por estupro de mulher durante prestação de serviço na casa da vítima, no Paraná
Denúncia foi feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que optou por não pedir prisão preventiva do acusado

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou um eletricista terceirizado da Companhia Paranaense de Energia (Copel) à Justiça, o acusando de ter estuprado uma mulher enquanto prestava serviços para a empresa na casa dela, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
O homem deve responder ao processo em liberdade, já que nem o MP-PR, nem a Polícia Civil pediram a prisão preventiva dele. Ao g1, o Ministério Público disse que não fez a requisição por "não estarem presentes os elementos previstos em lei".
"Ele possui endereço e trabalho fixo, não possui antecedentes criminais, compareceu na Delegacia de Polícia para prestar depoimento e não há indicativos de que ele possa reiterar a conduta criminosa. Caso haja qualquer alteração no curso do processo, entretanto, a prisão poderá ser requerida pelo MP-PR", afirmou o órgão, em nota.
De acordo com a denúncia, o crime aconteceu no dia 30 de maio. As investigações apontam que a vítima, que tem 18 anos e mora com a avó de 84, ficou sem energia na residência e acionou a Copel. O eletricista, então, foi até o local junto a um colega para verificar o problema, mas acabou abusando da jovem durante o atendimento, diz o MP-PR.
"Eles constataram que a falta de energia não tinha relação com defeito na rede pública, e sim com problemas na fiação interna do imóvel, tendo os dois se prontificado a auxiliar na resolução do problema. Durante a execução do serviço, o denunciado foi ao porão da casa com a vítima para buscar uma ferramenta, momento em que teria fechado a porta do cômodo e praticado o estupro", afirma o MP-PR.
A vítima denunciou o caso à Polícia Civil por e-mail no mesmo dia. Posteriormente, ela, o acusado e testemunhas foram ouvidas pelos policiais e, após as investigações, a corporação o indiciou pelo crime no dia 7 de julho.
O inquérito foi encaminhado ao MP-PR, que avaliou o caso e pediu a reabertura das investigações na quinta-feira (10). Nesta terça (15), o órgão informou que "entendeu, por fim, que já havia elementos suficientes para a deflagração da ação penal".
De acordo com o promotor Paulo Augusto Koslovski, ficou demonstrado que "a vítima foi constrangida à prática de atos sexuais contra a sua vontade, e com emprego de força física por parte do acusado".
"Para além da palavra da vítima, que, em caso dessa natureza, possui especial relevância, a investigação trouxe outros elementos que corroboram a versão apresentada por ela e que dão sustentação à tese do Ministério Público", afirma.
O caso está em sigilo por ser um crime sexual e, por isso, o nome do acusado não foi revelado.
Por Canal Tema Livre
Informações Millena Sartori, g1 PR