Pai relata momento em que encontrou a filha morta em máquina de lavar: “Saiu espuma do nariz”

O pai da pequena Izabelly, de apenas três anos, descreveu com dor os instantes em que encontrou a filha morta, na lavanderia do apartamento.

Pai relata momento em que encontrou a filha morta em máquina de lavar: “Saiu espuma do nariz”
Pai relata momento em que encontrou a filha morta em máquina de lavar: “Saiu espuma do nariz” (Foto: Reprodução)

Durante audiência realizada na última terça-feira (30), no Fórum da Justiça Estadual em Cascavel, no Oeste do Paraná, Alex dos Santos Assumpção, pai da pequena Izabelly, de apenas três anos, descreveu com dor os instantes em que encontrou a filha morta, na lavanderia do apartamento onde morava com a companheira Suzana Dazar dos Santos.

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Suzana, que é ré no processo, é apontada como suspeita de provocar a morte da criança por afogamento, agindo, segundo o Ministério Público, com dolo eventual — quando se assume o risco de produzir o resultado.

De acordo com o depoimento do pai, pela manhã, a madrasta enviou vídeos de Izabelly lavando roupas e organizando o guarda-roupa. Cerca de meia hora depois, ela telefonou afirmando que “a nenê caiu na máquina”.

Alex trabalhava em um prédio próximo e correu imediatamente para o apartamento. “Fui direto para a lavanderia. A Izabelly já estava no chão, roxa. Peguei ela no colo e comecei a gritar”, contou. Ele ainda tentou reanimar a filha, mas percebeu que saía espuma pelo nariz da menina. Um vizinho acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que chegou rapidamente, mas a criança já estava sem sinais vitais.

Ainda no depoimento, o pai revelou que, em dois anos de relacionamento com Suzana, ela nunca havia mandado vídeos da rotina de Izabelly — exceto no dia da tragédia. Ele também mencionou que a companheira demonstrava ciúmes da mãe da menina, mas afirmou desconhecer qualquer comportamento agressivo por parte dela. Após a morte, no entanto, pessoas próximas teriam procurado Alex para relatar falas preocupantes atribuídas à madrasta.

“Vieram me contar coisas que ela dizia… mas ninguém me avisou antes”, lamentou.

Nova audiência marcada para 2026

Durante a audiência, cinco testemunhas foram ouvidas. Segundo o advogado da família da vítima, Alexsander Beilner, o processo continua em andamento e novas oitivas estão previstas. A próxima audiência está agendada para 21 de janeiro de 2026.

Entenda o caso

O caso ocorreu no dia 7 de maio de 2022. Conforme as investigações, Suzana teria colocado um banco em frente a uma máquina de lavar cheia de água, onde também depositou brinquedos. Ela teria colocado Izabelly sobre o banco e, em seguida, saído do local, deixando a criança sozinha. A menina caiu dentro do eletrodoméstico e se afogou. O laudo do Instituto Médico-Legal confirmou a causa da morte como asfixia mecânica por afogamento.

O processo segue em tramitação na Justiça do Paraná.


Via Banda B.