Governador do Rio diz que governo Lula negou apoio em megaoperação contra o tráfico
Uma operação de grande porte foi deflagrada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro, com o objetivo de conter o avanço do Comando Vermelho.
A ação conjunta, que integra a Operação Contenção, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, responsáveis pelo cumprimento de 100 mandados de prisão.
Durante o confronto, traficantes reagiram com tiros e incendiaram barricadas. O cenário de guerra foi visível de vários pontos da cidade. Criminosos também utilizaram drones para lançar explosivos e tentaram escapar pela parte alta das comunidades.
De acordo com as autoridades, 60 suspeitos morreram e 81 foram presos. Entre as vítimas, estão quatro policiais — dois deles identificados como Rodrigo Veloso Cabral e Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, conhecido como Máscara. Um delegado segue em estado gravíssimo. A operação é considerada a mais letal da história do estado, segundo o Palácio Guanabara.
O balanço parcial aponta ainda a apreensão de 75 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Com isso, o número de armas desse tipo retiradas de circulação em 2025 chegou a 668, o maior total já registrado no Rio de Janeiro.
O governador Cláudio Castro afirmou que o enfrentamento ao crime organizado ultrapassa os limites da segurança pública e classificou a operação como uma ação de defesa. Segundo ele, a luta contra o tráfico envolve fatores como o comércio internacional de armas e esquemas de lavagem de dinheiro.
Castro declarou que o estado do Rio está “sozinho nessa guerra” e afirmou que solicitou apoio federal, incluindo o envio de blindados, mas todos os pedidos foram negados. “Se tiver que exceder, nós excederemos mais ainda para proteger a nossa população”, disse o governador.
O Palácio Guanabara reforçou que a Operação Contenção continuará em andamento, com o objetivo de frear o domínio territorial do Comando Vermelho em diferentes regiões do estado.
Portal Marília